"AMIGO MONGE", por Teófilo Lima

O branco de uma garça no azul do céu bonito para chover

Um quadro de cores paz, pais, paz, pais...

Mas quase ninguém para ver

Quase ninguém para ver

E pirilampos e borboletas 

Eu vejo ao longe o branco, a torre da igreja 

E ao meu lado eu vejo o rio

O Velho Monge me sorriu 

E pirilampos e colibris

Vejo meu pai e minha mãe ali e ao meu lado eu vejo o rio

O velho Parnaíba me sorriu

E ele me disse, que tem saudades do tempo que eu andava por ali

Com um milhão de amigos, em minha monareta rasgando mil veredas Magalhães de Almeida 

E ele me falou de um antigo amor, de um romance que tem com uma sereia 

Que ele encontrou, quando beijou o mar e até hoje vive muito bem com ela e pasmem 

O Velho Monge é avô

E pasmem... ele me falou

O velho Parnaíba é avô e seu neto tem, belíssimo nome, ele se chama de Igaraçu e também é casado com linda princesa 

Se chama Parnaíba como tu 

Que me viu nascer... sobre ele a ponte, mais à frente a casa de um pintor

E um pouco adiante, ainda contente, a casa de um flautista que anda de barco e é aviador

Banhou o quintal de um cantor de blues

Ali pescou o meu avô

Alimentando a comunidade o rio

E pirilampos e borboletas... eu vejo ao longe o branco, a torre da igreja

E ao meu lado eu vejo o rio, o Velho Monge me sorriu

E pirilampos e colibris, vejo meu pai e minha mãe ali e ao meu lado eu vejo o rio

O velho Parnaíba me sorriu

Teófilo Lima

Música do álbum TEÓFILO (2018)

Via BEIJOS E CACOS

Balada Literária

Teresina, 2023