Meu libido
lambendo meu álibi
no extremo trêmulo da inquisição
do Paquistão em Nova Deli
em Nova Iorque
ou embaixo do lençol
e a tempestade
trovando, trovões vibrantes
avivando a sua textura
na fissura uma brancura
esquisita no corpo do sol
Não, não quero cartaz
mãos que acenam pra traz
esse teu choro
que me ganha entre as entranhas
e me arranha a imagem do rosto
eu não sou assim
mas por mim
ainda digo bem feito
e quero postes reluzentes
em sacolas de lustre
comentários eruditos
sobre a vida no bar
o teu perfume na sacada
esfaqueia meu posto
pra um esgoto de papel
Notícias do cajueiro que fica por cima dos ensaios da Banda Fragmentos de Metrópole
Ei pega um caju pra mim? Pra falar de algumas frutas. O Fernando é como um caju de vez, aquele bem verdim, um pouco gordim, marrom meno maduro, mas que nunca cai do pé. O Alexandre é aquele caju de dentro de uma garrafa de cachaça das boas, todo mundo pensa que aquele caju tá podre, mas na verdade é nele que tá toda a poesia da cachaça e só experimenta daquele caju quem tem muita coragem. A castanha desses dois caju (sem plural, não quero jus!): É a Basquitrícia, aquela castanha que foi torrada no meio do sol quente de Teresina, mas que só ela tem o sabor da arte quando degustada. Pra quem não sabe essa banda surgiu na estação dos cajus de Teresina! A estação passou e esse cajus continuam sem cair do cajueiro. Um abraço em todos os Fragmentos. Por enquanto descrevo 2 cajus letristas da banda, depois falarei de outras frutas.