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1.4.20

ser movediço, de Rodrigo M Leite (Download)


03 poemas

(...)

frio

perder-se entre panos encardidos
domésticas oníricas dunas
tender ao deslocamento
ao canal desabitado
ao sabor do cimento com lodo
com os testículos tímidos
quebrar o gelo do teu sexo depilado
lamber a tua febre: adorar os musgos

as lesmas foder

(...)

teu corpo feito um rio
águas turvas arrepios
minha saída naufragar
teu sexo feito peixes
cardumes cardumes
o meu desejo ir pescar

(...)

sob o ford amarelo que rumina
entre marquises, mel mercado

da noite ganhei frio e promessas do álcool
recriei o caminho da volta

quarteirões de vandalirismos abandonados
para namorar entre frutas podres neon


Ser Movediço, 
poemas de Rodrigo M Leite
ilustrações de Gabriel Archanjo
1ª edição

Destinerário, de Adriano Lobão Aragão (Download)

APRESENTAÇÃO

Uma das seções do meu livro “Yone de Safo”, de 2007, intitulada “Nordestes”, foi escrita a partir das divagações sobre algumas das localidades nordestinas que eu havia visitado (“Recife, do alto”; “Campina Grande, anoitecer”), certas reminiscências (“Distrito Federal”) e, é claro, minha cidade natal, Teresina (“O engenheiro inglês”; “Entre campo e cidade”). Por contar com apenas com 5 poemas, sempre achei que era um trabalho inacabado. Algum tempo depois, decidi ampliar essa seção visitando outras cidades pelo interior do Piauí, principalmente, e, aos poucos, me veio o anseio de transformar essa experiência em um livro de poemas autônomo, desvencilhado do trabalho realizado em 2007. Hoje, esse projeto chama-se “Destinerário”, consistindo numa jornada que envolve poesia e fotografia. Os poemas foram inspirados nas impressões de viagem, no que pude ver e sentir em cada cidade visitada. Além de pesquisar sobre esses lugares e fotografá-los, todos os poemas nasceram das anotações que fiz na própria cidade que inspirou cada poema. Os primeiros textos (“Cocal” e “Inhuma”) são de 2014; os mais recentes (“Ouro Preto” e “Canindé”) são de 2019. Iniciei o “Destinerário” pensando também em conhecer melhor o próprio estado onde nasci e vivo, mas não estabeleci um limite político-geográfico. É por isso que o Ceará é bem presente na obra, além poemas escritos no Maranhão, Tocantins, Alagoas, Sergipe e Minas Gerais. E, futuramente, em outras edições, pretendo ampliar a quantidade de cidades e estados. Mas o que realmente importa no momento é que, com a publicação deste livro, seja possível que esses poemas e imagens circulem pelas cidades que os inspiraram. Creio que foi para elas que escrevi este “Destinerário”. Adriano Lobão Aragão, Teresina, março de 2019

Destinerário_AdrianoLobãoAragão_Download_pdf