TERESINA, Gregório de Moraes
Mangueirais, minha velha Teresina
O povo alegre, sorridente, vivo
O Mafuá num batucar festivo
Saudade, mestra e mãe que amar ensina
Falar de minha terra me fascina;
Meu Deus, é tudo um eternal motivo
O Parnaíba marulhando esquivo
O Barrocão; a luz da lamparina...
Correr, subir veloz num oitizeiro
Tentar erguer meu papagaio primeiro
Lembrança das casinhas. Há quem esqueça?
Vivi no meu desterro esta lembrança
Ó saudade do tempo de criança
Dos maternais beijinhos na cabeça.
Gregório de Moraes
em Auroras Perdidas
Rio de Janeiro: 1970