3.12.15

FLASHES DE TERESINA




Na Estação Ferroviária:
rostos anônimos soluçam adeuses.

Na Paissandu:
o tempo, o tempo eterno das raparigas.

Na pracinha escondida:
domésticas murmuram segredos.

No cais do Parnaíba:
a lembrança dos embarcadiços de água doce.

No Mercado Central:
o pregão vespertino dos feirantes.

À luz da lua:
dormem as flores, as flores roxas das salsas.



Halan Kardec Ferreira Silva
em TERESINA: Um Olhar Poético
Teresina: FCMC, 2010
Organização de Salgado Maranhão

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