"RUINARIA", por H. Dobal




Um pássaro irritado
pousa no alto das ruínas. 
A febre dos cupins
rói as tábuas antigas.
As formigas se concentram 
na boca dos mortos.

As ruas degradadas antes da morte 
as ruas envergonhadas desta morte 
vão perdendo lentamente 
um pouco da sua própria eternidade.



A Cidade Substituída
Teresina, Oficina da Palavra: 2007


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