I don’t cry for me, por Marcos Prado
no princípio uma mesa de bar nos separava
como um precipício inacessível, mas raso
pular, não podia; impossível um salto com vara
notei, sutil, que era possível ser notado
quando a conheci, parecíamos já conhecidos
conversamos e estávamos conversados
quando nos tocamos, já quase possuídos
inocentes para sempre condenados
fomos para um hotel na rua quinze
e parece que ali ficamos um ano e meio
há entre nós hoje um oceano inteiro
Marcos Prado
em ULTRALYRICS
Travessa dos Editores: 2009
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