Vareiro, Gregório de Morais
Chamar de bravo, de gigante, é pouco
Pois mil tormentas a sorrir domina
Este é o Vareiro, sim de Teresina
Do Parnaíba, desvairado, louco
O velho Rio se revira, rouco
Ruge. A garganta fétida, assassina
Grita o Vareiro: o céu se ilumina!
E não lhe importa o combater, tampouco
Depois do batalhar naquelas águas
Depois de disputarem suas mágoas
Vão mundo afora, vão tranquilos, mansos
São companheiros que nem Deus separa
Segue o Vareiro, épico, assim, não pára
De cara em punho a dominar remansos!