A CIDADE PERDIDA, Álvaro Pacheco
Sobrevivem alguns terraços
mas não as madrugadas
e nem as melodias dos boleros.
Conversam os fantasmas
com medo de lembrarem
os instrumentos do edifício
da vida que veio depois.
Os pórticos
à luz do dia e os terraços
ao entardecer informam:
mudaram-se
Álvaro Pacheco
Teresina, agosto de 1986
em O SONHO DOS CAVALOS SELVAGENS (1967)