"A CATÁSTROFE", por H. Dobal
Uma catástrofe cautelosa
vigia as ruas, as casas,
os cegos habitantes
desta cidade condenada.
Nada. Eco, miragem,
Nada. Eco, miragem,
imagem que falasse
do seu destino desviado.
Nada. Nada vai ficar.
Uma catástrofe sem presságios,
Uma catástrofe sem presságios,
sem um sinal que lhe diga o perigo.
Só a lenta implosão das semanas
neste espaço que outra rotina,
que outra cidade ocupará.
E depois noutros domingos
a paixão do mar nas praias poluídas.
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