"Aqui nasceu Fernando Costa", por Kleber Lima
Aqui nasceu
Fernando Costa
demiurgo do motim
impossível
sem conciliação com o real.
Carregou luz, silêncio
e escalpos
por essas ruas
onde encontrou
o solferino mote
para anunciar o juízo final
ei-lo
quieto e atento
na fruição dos seus estiletes
multiplicando gumes de um sol
fatal
olhos gentis
com raízes profundas
de ciclope
antenas plantadas em suas veias
fendidas por cortantes janelas
cromáticas
sua tocaia,
incêndios perseverando o fogo
na guarida de si:
o apocalipse
deve ter sido gerado assim
à espreita, entretanto,
explosivo
desembainhando o coração.
Kleber Lima
poema inédito dedicado à Fernando Costa
na fruição dos seus estiletes
multiplicando gumes de um sol
fatal
olhos gentis
com raízes profundas
de ciclope
antenas plantadas em suas veias
fendidas por cortantes janelas
cromáticas
sua tocaia,
incêndios perseverando o fogo
na guarida de si:
o apocalipse
deve ter sido gerado assim
à espreita, entretanto,
explosivo
desembainhando o coração.
Kleber Lima
poema inédito dedicado à Fernando Costa
Catálogo da exposição “Fernando Costa: Da Santa Ceia e Outros Avulsos”, com curadoria de Guga Carvalho e Jacqueline Medeiros. Fotografia na CASACOR (Teresina, em 2024).
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