tarde
ardente ocaso
a alegria dos pardais
que não cantam em mim
mas no telhado
onde um gato assustado lembra a infância
tarde
alguma poesia nas veias
um verso mordente correndo pela contramão
ruminando a esperança
na antenoite das certezas
Elias Paz e Silva
Poemário II
Teresina, 1991