TERESINA, por Cineas Santos
Aos que chegam
(náufragos, arrivistas, mercenários)a cidade sorri
e finge que se dá
mas que não ouse o estranho
nega-lhe um capricho
desvendar-lhe os segredos
porque então anoitece...
Amante voraz do ócio e da usura
a cidade conhece os seus
(pelo tinir das esporas, pigarro, perfume)
e só a eles se entrega sem reservas.
em Presença da Literatura Piauiense
Luiz Romero Lima | Teresina: 2003