Os habitantes daquela cidade andam pensando os seus caminhos;
ajeitam na dureza da terra, o porvir de novas bocas.
Acordam o dia com olhos de melancolia
e tateiam a cintura das meninas sensualmente.
No que atinge o Halley as suas vidas?
Nos grossos colarinhos desbotam manchas solares,
e nem sempre vestidos estão de esperanças
mas carregam consigo seus filhos presos as suas tetas.
Os habitantes daquela cidade andam audazes de lentidão.
Ao futuro consultam a tática da luta ou alguém,
um feroz que realize o mágico?
Os habitantes daquela cidade ficam
dopados de tenra candura por uma cidade que se guarda em dizer-se.
em A poesia teresinense hoje
Teresina: FCMC, 1988
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar!